14 de março de 2008

O perfume pessoal como âncora da consciência: uma experiência pessoal

Imagine-se perdido numa floresta densa e desconhecida, as árvores são altas, retorcidas, quase idênticas, misteriosas e até hostis, sem perceber você anda em círculos, tropeça, vencido pelo cansaço apavora-se diante da noite que se aproxima.
Num relance você percebe um perfume no ar, surge um alento, uma esperança, novamente você percebe o perfume e a sensação é de "ouvir" através do olfato um chamado familiar, um acolhimento. O pânico cede e você pode concentrar-se mais profundamente encaminhando-se para a origem da emanação maravilhosa que agora lhe renova as forças e a coragem.
Restaurado, você parte com intuitiva segurança em uma determinada direção por alguns minutos, até alcançar uma grande pedra plana onde vicejam dezenas de orquídeas. Estão por toda parte e cada uma ostenta um pendão repleto de lindas flores de cor púrpura que emanam, em conjunto, o mais doce e perfeito aroma.
Neste ambiente quase mágico, tal é a beleza, você é acometido de puro êxtase e de uma maravilhosa sensação de integração, onde de mera testemunha torna-se também parte fragrante deste jardim encantado. A noite chega. Aparentemente você continua completamente só e perdido na imensa floresta desconhecida, mas existencialmente você está em casa. Perfeitamente relaxado, você descansa para logo mais desfrutar do amanhecer, do novo dia, do resto da sua vida ... (ver artigo completo)